terça-feira, 9 de setembro de 2008

Mais do mesmo

Como era previsível, o assunto rendeu. Só não digo que foi a discussão mais evidente nos botecos país afora porque Fórmula-1 não é futebol. Mas a comunidade automobilística está, desde domingo, elétrica. A punição aplicada a Hamilton foi justa ou não foi justa?

Eu já li muita coisa, já reví a cena zilhões de vezes, já perdi a conta de quantos pitacos distribui pela blogosfera e não consigo me convencer da inocência do inglês, digam o que digam.

Pra mim, Hamilton levou vantagem a partir do momento em que, muito espertamente, ficou colado em Raikkonen ao sair da sua Bus Stop manca, de uma perna só. Se Hamilton contornasse a chicane corretamente jamais conseguiria estar tão próximo de Raikkonen. O amigo Juliano "Kowalski" Barata explica aqui (muito melhor do que eu), de forma quase que definitiva, porque Hamilton mereceu ser punido.

E eu exerço minha habilidade bloguística aqui, na coluna que gentilmente me é cedida semanalmente pelo amigo Deivison Conceição. E lembro aos corneteiros: não tentem comparar o acontecido domingo com a garfada histórica de Suzuka-1989.

Coluna do Fábio no Esporte Zone. Comentários são bem-vindos.

4 comentários:

Anônimo disse...

O asfalto nas áreas de escape existem para que aumente a segurança do pilotos. A brita parava os carros mas também podia fazer com que eles capotassem. O asfalto permite a freada.

Acho que o Grid GP tocou num ponto importante. A saída de pista está banalizada e é por isso que está tendo essa repercussão no caso do Hamilton. Nunca ninguém foi punido, porque punir o Hamilton agora?

Anônimo disse...

Hamilton foi garfado sim. Ele fez o que devia ser feito, devolveu a posição. Como disse o Flávio Gomes, o regulamento não diz se o cara tem que devolver a posição pedindo desculpas, ou ajoelhado no milho. O regulamento nem obriga o piloto a devolver a posição.

Hamilton devolveu e depois, por estar mais rápido passou de novo. O Raikkonen também facilitou porque deixou muito espaço. Não vi nada ilegal, acho que a FIA quis deixar o campeonato com emoção até o fim.

Anônimo disse...

Também sou da opinião que o regulamento não define o "quanto" ele deve devolver, quando ele saiu pela chicane ele tava colado no Raikkonen, porque que quando ele devolve a posição não pode estar colado novamente ??? e outra, o finlandês estava muito devagar e no bom senso vê que ele jamais manteria-se na frente, vejo até que ele talvez tenha tido até vontade de não passar o Hamilton novamente na reta visando sacanear o inglês, já que o mesmo era obrigado a ceder a posição naquele momento............... claro que é só minha humilde opinião.

Fábio Andrade disse...

Galera, é o que eu sempre disse até aqui: a decisão foi correta? Me pareceu que sim.

Mas há uma coisa que está colocando essa punição no âmbito da subjetividade: os precedentes. Saídas de pista se tornaram naturais com o advento das áreas de escape asfaltadas. Concordo com vocês nesse ponto. Mas olhando o caso do Hamilton isoladamente, insisto que a punição foi correta.

Porém, não foi propriamente a cortada da chicane o maior problema. O que veio depois (a aceleração lado-a-lado com Kimi, que permitiu a Hamilton estar colado no finlandês imediatamente) é o grande problema. Insisto: se os dois contornassem a segunda perna da Bus Stop juntos, Hamilton dificilmente conseguira o "vácuo" do carro do Raikkonen.

Mas, como já disse em vários blogs por aí, o parâmetro adotado pela tal comissão que analisa esses casos é frágil por causa dos tais precedentes. Concordo com vcs quando dizem que o regulamento não cita o quanto que o piloto deve devolver a posição. E o Hamilton agiu como manda o "código de cavalehirismo" da F-1: devolveu a posição. A seu modo, mas devolveu.

E dificilmente os lados contrários nessa briga pra saber quem tem a razão chegará a um acordo. Creio que a discussão será eterna.