A expectativa para a prova era de um domínio da Ferrari, com sua tão falada “maior distância entre-eixos” no F-2007, que lhe proporcionaria melhor rendimento em circutos de alta velocidade como Monza. Porém, a McLaren, de forma deselegante, aprontou uma senhora surpresa na casa da rival. Fez a 1ª fila do grid de largada com certa facilidade. Alonso era o 1º, Hamilton o 2º e Massa apenas o 3º. Raikkonen numa decepcionante 5ª posição dava pinta de estar com a estratégia de apenas uma parada.
No domingo, grande expectativa da torcida italiana, ansiosa pela recuperação da scuderia. Na largada, Massa até que tenta, e consegue a 2ª posição, mas a deixa escapar na Variante del Rettifiglio, a 1ª chicane o traçado. Hamilton, entretanto dá uma cortadinha na variante (o garoto tem, de certo, algum tipo de problema com essa espécie de curva), mas a direção de prova não vê problemas na manobra, até porque Hamilton já havia concluído a ultrapassagem sobre Massa. Raikkonen, por sua vez, dá o bote em Heidfeld, que largara em 4º e assume a posição.
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Na volta 42 do Grande Prêmio da Itália, a temporada 2007 assistiu a um de seus grandes momentos. No final da reta principal, Hamilton armou um bote totalmente inesperado: retardou a freada, tirou de lado, deixou o MP4/22 escorregar na primeira perna da Variante del Rettifiglio, travou os pneus dianteiros e ultrapassou o F-2007 de Kimi de forma sensacional, para infelicidade da massa rubra presente no autódromo de Monza. Foi, junto com o duelo Massa X Kubica em Monte Fuji, o melhor lance do ano de 2007. Falou-se depois que Kimi não estava em sua melhor forma, devido ao acidente que sofreu nos treinos de sexta-feira, na reta que antecede a Variante Ascari. Talvez. Mas isso não desmerece em nenhum milímetro o grande feito de Lewis.
No mais, Alonso guiou com tranqüilidade até o final e venceu o GP Itália sem grandes dificuldades. Hamilton completou a dobradinha da McLaren na casa da sua maior rival, a Ferrari, que teve de se contentar com o 3º lugar de Raikkonen. O campeonato saía de Monza dividido entre Hamilton (92 pontos) e Alonso (89 pontos). Raikkonen, com 84, ainda tinha chances, mas era considerado uma grande zebra. Massa, empacado nos 69 pontos, dava adeus à briga pelo título e, a partir dalí, se assumiria como escudeiro de Raikkonen. Restavam 4 corridas para o fim da temporada e a F-1 se dividia entre a expectativa pelo 1º título de um estreante e o tricampeonato do maior campeão da atualidade. Esqueceram-se do acaso, do imponderável e da redundante, porém, célebre frase: “o jogo só acaba, quando termina."
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