Enquanto Alonso, seu companheiro de Renault, marcou pontos em 9 das 15 corridas disputadas até aqui, Piquet só conseguiu terminar as provas na zona de pontuação em 3 ocasiões: França, Alemanha e Hungria. Quer dizer, Nelsinho não pontuou em 12 corridas de 2008.
“Comparar Nelsinho com Alonso é uma crueldade”, pensam alguns. Eu também pensava. Mas a discrepância atingiu níveis absurdos. A temporada se aproxima do fim e Nelsinho não cumpriu a promessa de apresentar melhores resultados nas pistas européias, já conhecidas por ele nas categorias de base.
Voltou à corda bamba e corre o risco de não continuar na equipe chefiada por Briatore em 2009. Os possíveis substitutos seriam o brasileiro Lucas di Grassi ou o francês Romain Grosjean.
Mas se comparado a um outro estreante de 2008, Piquet Jr. pode obter um consolo. Stefano Domenicali, o substituo de Jean Todt como homem-forte da Ferrari, está em vias de se tornar o homem-fraco logo, logo. Sucessivos problemas em sua gestão na equipe mais visada da F-1 começam a criar rumores sobre sua real capacidade de liderança. Domenicali agüenta o tranco de chefiar uma equipe como a Ferrari num esporte que não admite erros?
Nelsinho comete seus erros, abandona corridas constantemente, mas as conseqüências se limitam a seu próprio universo particular. Claro, afeta a equipe, que se priva de pontos valiosos no campeonato de construtores, mas os problemas não são maiores. Qualquer coisa é só substituí-lo. Já Domenicali ocupa um cargo-coringa, importantíssimo dentro da Ferrari, e as falhas da equipe, como a de ontem em Cingapura, são ferozmente associadas à sua gestão. E como os erros dentro da equipe italiana não estão sendo poucos, Stefano começa a sofrer forte cobrança por parte da imprensa e torcida italianas, além da pressão interna da própria Ferrari.
O ambiente em Maranello não deve estar agradável.
Um comentário:
verdade...
eu acho que deviam pedir a cabeça do ferrarista também...
Se contarmos todos os erros nessa temporada...
Vixe Maria...
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