A foto acima quase dispensa um comentário. Na onda da (batida) teoria do “uma imagem vale mais do que mil palavras”, o austríaco Gerhard Berger, um dos donos da Toro Rosso, e o alemão Sebastian Vettel, que levou a equipe a seu primeiro triunfo na Fórmula-1.
Porém, as palavras se fazem necessárias. Como bem foi lembrado pelo Paulo Alexandre Teixeira, do ótimo Continental Circus, o GP Itália 1988 foi especial para os tiffosi. Vai um resumo:
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Há exatos 20 anos, Gerhard Berger vivia naquele circuito um dos momentos mais marcantes de sua carreira, na Ferrari. Numa temporada em que os McLaren de Alain Prost e Ayrton Senna venceram 15 das 16 corridas, o GP Itália foi a redenção da escuderia de Maranello. Prost e Senna abandonaram a prova e a vitória caiu no colo de Berger, com Alboreto (ambos da Ferrari) em 2º, fazendo a festa da torcida rubra que lotava o autódromo.
O leitor imagina que dobradinha da Ferrari em Monza é algo que foge aos padrões. A torcida italiana, com sua calorosa paixão pelos bólidos vermelhos, explode de emoção e a festa atinge o auge com a invasão da pista. Mas naquele 1988 havia algo que dava um tom de superação à conquista da dupla vermelha: Enzo Ferrari, o fundador da marca que se tornou sinônimo de luxo e velocidade, falecera pouco tempo antes e aquele GP Itália era o primeiro sem a presença do “comendador”, como Enzo era conhecido, em sua terra natal. A dobradinha vermelha na Itália foi um show de comoção, uma vitória inesperada e que devolveu a moral ao time italiano.
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Domingo passado, Berger voltou àquele pódio para receber mais um troféu, desta vez representando o time vencedor do GP Itália. Sua Toro Rosso era a vencedora, guiada de forma habilidosa pelo moleque Vettel. O significado do pódio e a emoção estampada no rosto de Berger emocionaram que acompanhava a premiação (o editor desta página incluso). Imaginar o que se passou na cabeça de Gerhard, 20 anos depois, foi um exercício interessante.
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3 comentários:
Foi mto bom rever Berger no pódio (nem lembrava mais da cara dele....rss, to brincando).
Ele é uma grande pessoa e foi um grande piloto.
Fabio, obrigado pela referência.
O Berger, como piloto foi sempre talentosos, mas numa era em que tivemos os "Fabulosos Quatro" (Senna, Prost, Mansell, Piquet) o Berger foi uma espécie de "Quinto Elemento": talentoso, mas não tinha carro para ser campeão.
E agora, vê-lo no pódio, como chefe de equipa, tornou-se em algo raro: o piloto de sucesso, que se tornou em dono de sucesso, algo que o Alain Prost nunca conseguiu!
Maeda: sim, meu brother, o cara foi um daqueles tipos simpáticos, que raramente aparecem na F1. Tenho muita simpatia pelo Gerhard, até pela relação de amizade entre ele e o Ayrton;
Speeder: de fato, digamos que o Berger tenha dado o "azar" de ter nascido na mesma época em que Prost, Senna e tantas outras feras do anos 80/90. Mas era um cara de talento, e grande profissionalismo. Pelo menos tem esse trunfo para pirraçar o Prost: conseguiu se tornar um (até agora) bem-sucedido cartola.
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