Depois de alguns dias sabáticos, o De Olho na F-1 ensaia um retorno à rotina. E com atraso esta casa se manifesta a respeito da reunião de terça-feira em Genebra, entre construtores e a FIA, que começaram a decidir o futuro da Fórmula-1 num cenário de incertezas econômicas.
Uma pequena introdução ao assunto contaria com aquele blábláblá que todo mundo já conhece: Max Mosley, presidente de FIA, está preocupado com o futuro da categoria que está se tornando insustentável. O dirigente defende medidas polêmicas, como a unificação dos motores para todas as equipes. Do outro lado, os times procuram outros meios de reduzir os gastos mantendo a identidade de cada equipe.
Sobre as confabulações de anteontem, a revista AutoSport divulgou o seguinte: a partir de 2009 os motores passariam a durar 3 corridas e as montadoras que vendem os propulsores teriam de fornecê-los às clientes por um valor mais baixo. Além disso, o KERS, o tal sistema de recuperação de energia cinética, seria opcional no ano que vem, mas obrigatório a partir de 2010.
Reuniões secundárias estão agendadas para o Brasil e para um momento após o término da temporada. Em pauta, assuntos como o limite de quilometragem para os testes das equipes e a questão dos chamados times-clientes.
Um assunto que permanece intocado é a padronização dos propulsores. Hoje, a Toyota já se manifestou contrária à idéia e elevou o tom de irritação com a possível medida: falou até em se retirar da F-1.
Trocando em miúdos: a categoria que conhecemos sofrerá algumas mudanças inevitáveis com o fim da farra monetária que se desenrolou nessa década. E a melhor notícia vinda dessa reunião não está no adiamento da implantação do KERS nem na aparente sobrevivência das equipes-clientes. O fato que mais me deixou satisfeito foi a busca por um entendimento comum entre as equipes e o comando da FIA. Há alguns anos, situações como essa não seriam discutidas numa mesa de negociação, mas sim numa disputa política do tipo “quem pode mais” que colocaria o sentido de unidade da F-1 em risco. Ver um debate maduro é motivo de alívio, mesmo que esse clima ameno seja motivado por um medo coletivo da crise financeira internacional.
*Uma notinha: peço imensas desculpas aos leitores pela quebra no ritmo das atividades dessa página. Essa semana, como já ficou claro, as seções do blog não foram atualizadas em razão da falta de tempo que o editor-chefe enfrentou. O vestibular se aproxima, e os estudos me gritam. Infelizmente, esse será um fim de temporada atribulado, tanto na esfera estudantil, quanto na esfera bloguística da vida desse escriba.
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4 comentários:
Relaxa, futuro jornalista. Nós somos grandes guerreiros em tocarmos nossas vidas (com todas as suas entranhas e labirintos) e ainda tocarmos nossos blogs...
Qto aos fatos, espero que nao tenhamos uma nova debandada de fornecedores e/ou equipes.
E vlw pela resposta lá no meu blog, eu não tava lembrando do Andretti...
Vá se acostumando com a difícil vida de estudante de jornalismo. Já vou para a temporada final no ano que vem, com TCC e tudo. Mas sempre arrumamos um tempinho para o blog.
Em relação a reunião,esta idéia de um motor padrão foi só balela do Mosley para ele chegar ao acordo que queria. Ou seja, que os motores durassem mais e que as fornecedoras os liberassem por um preço menor às equipes independentes. Se acontecesse isso, de tornar os motores iguais, seria o fim da F1.
Pois é relaxa colega. Pelo menos neste fim de semana não tem f1!
E quanto a reunião.
Sintetizou... Todos estão unidos, pelo medo, mas unidos.
Paulo: de fato, levar nossos blogs e conciliar com a vida pessoal é uma barra. "Todos nós somos gurreiros" - gostei disso.
Também torço pela unidade da F-1 e para que o Mosley pare de procurar pêlo em ovo;
Diego: é cara, vidinha complicada. Espero saber onde estou querendo me meter, hehe!
Espero mesmo que a sugestão de padronização seja mesmo só uma jogada estratégica de Max;
Groo: rapaz, esse fds sem corrida foi essencial para eu dar uma "respirada". Agora é preparar o ânimo para Interlagos!;
Obrigado pelos comentários sempre presentes. Eles são o maior incentivo para eu continuar a me dedicar a isso aqui.
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