quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A mesma praça, outro jardim: China 2007

Em 2007, o GP China sinalizou a primeira ruptura de Hamilton em sua torta caminhada ao título (que não veio). É uma memória muito viva para todo mundo, tão cedo não será esquecida.

Recaptulando: Hamilton larga na pole, Raikkonen em segundo, Massa (sem chance e com o claro papel de escudeiro de Raikkonen) em terceiro e Alonso, o grande oponente do inglês, em quarto. A pista se encontrava úmida e todos largaram com pneus intermediários.

No princípio, Hamilton escapa bem, seguido por Kimi, Felipe e Fernando. Porém, a medida que a pista seca, o inglês perde rendimento, enquanto Raikkonen mantêm-se rápido. O finlandês alcança o novato-sensação de 2007 e depois de alguma negociação, realiza a ultrapassagem. Hamilton continua a se arrastar na pista quando, finalmente, a McLaren o chama para o pit stop.

Os erros até aqui foram muitos. A McLaren podia ter chamado Hamilton antes. O inglês, percebendo a queda de rendimento, também podia ter sugerido uma mudança na tática de paradas de equipe. Também seria de bom tom evitar a disputa desesperada com Raikkonen, uma zebra vestida de vermelho. Hamilton estava com 107 pontos contra 95 de Alonso. Não precisava de uma vitória, não necessitava de um resultado espetacular. Podia se contentar em ser "bundão." Todos esses erros estavam saindo barato até esse momento, em que Alonso estava numa 3ª posição que lhe tirava as chances de ser campeão no Brasil. Do jeito que estava (Hamilton em 2º, Alonso em 3º) o inglês faria história e teria o direito de armar uma merecida festa. Mas o erro-capital ainda viria, de forma dura e patética.

Os pneus da McLaren de Lewis estavam tão degradados que o britânico sequer conseguiu concluir a curva que dá acesso aos boxes. “Abriu” a tangência, subiu na caixa de brita e ficou empacado na única e minúscula área de escape não-asfaltada do autódromo de Xangai. Pagou pela inexperiência e adiou o sonho para Interlagos.

O piloto da McLaren entregou numa bandeja dourada a 200ª vitória da Ferrari de Kimi, na última corrida em que os italianos apareceram com a logomarca dos cigarros Marlboro estampada nos seus bólidos. Alonso ganhava sobrevida com seus 103 pontos, porém, o mais improvável dos resultados seria o de Raikkonen, que se despedia da China com 100.

As atenções do GP China 2007 ainda foram divididas com os bons 5º lugar da Honda de Jenson Button e o 4º posto de Sebastian Vettel, da Toro Rosso.

Resumo do GP China 2007, narração em espanhol:



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