As Ferraris foram constrangedoramente lentas neste sábado, na classificação pro Grande Prêmio do Canadá. Kimi Raikkonen larga em 3º e Felipe Massa fez apenas o 6º melhor tempo no Q3, a etapa final dos 10 melhores do dia no Canadá.
Desde o GP Mônaco a Fórmula-1 discutiu o que poderia acontecer nesse fim-de-semanda na corrida de Montreal, se lembrando de 2007, quando a Ferrari chegou para as etapas da América do Norte como franca favorita, e voltou para a Europa digerindo duas derrotas que marcaram a virada da McLaren no campeonato. A um 1º olhar, a pista canadense, com retas longas, parece ser ideal para um desifle de competência dos italianos, que tem motores mais potentes. Mas jornalistas especializados lembraram que nem só de retas é feito o traçado do circuito Gilles Villeneuve. As curvas, todas de média ou baixa velocidade, exigem um bom equilíbrio e um bom poder de tração do carros, justamente o ponto fraco do F-2007. Era esse o calcanhar de aquiles dos italianos no ano passado, e o ponto de desempate no equilibrado pega entre Ferrari e McLaren.
Pra esse ano a expectativa não era muito diferente. A Ferrari jogaria com a potência de reta e a McLaren com o equilíbio nas curvas. Mas o que se viu em Montreal foi o inesperado: a equipe de Maranello apanhou dos rivais no 3º setor, justamente o de maior velocidade da pista e com a maior reta de todo o calendário. A Ferrari deu a impressão de correr com mais asa no Canadá, pra compensar a falta de aderencia. Isso pode sacrificar a corrida de Raikkonen e Massa, e deixar o campeonato (que até Mônaco era indiscutivelmente vermelho) como a cara do Hamilton.
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