Ok, ok. O leitor deve estar se perguntando se eu esqueci a regra que define que se o motor não for usado em duas corridas o piloto sofre uma punição de 10 posições no grid da próxima prova. Não, não esqueci. É que este ano o regulamento permite que a primeira troca seja feita sem nenhum ônus. E se a troca do motor de Massa vier a acontecer será a primeira.
A questão é: vale a pena fazer a troca? O questionamento surge porque as próximas duas etapas são as mais duras para os motores. As pistas de Spa-Francorchamps (Bélgica) e Monza (Itália) são as mais exigentes, por serem de altíssima velocidade. A direção técnica da Ferrari vai ficar entre a cruz (que é fazer a troca e temer que o motor não aguente as duas etapas mais exigentes do ano para os propulsores) e a espada (que é não trocar e continuar a temer que o equipamento sofra com os problemas de confiabilidade). Afinal, se os motores não resistiram às pistas de Hungaroring e Valência (que não estão entre as mais exigentes do calendário), por que resistiriam a Spa e Monza?
E há um dado: Massa pode optar pela troca, Raikkonen não. O finlandês já teve a primeira troca realizada após a corrida de Magny-Cours, quando o problema no escapamento de sua Ferrari motivou a escuderia e equipá-lo com um novo propulsor. A sorte de Kimi é que a corrida de ontem era a segunda de seu motor e a troca era inevitável. Ele não será punido no GP Bélgica, mas terá que, obrigatoriamente, correr com o mesmo motor em Spa e Monza.
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4 comentários:
nesse caso acho que tem que arriscar a troca..............
Primeiro eles Ferrari, têm de identificar as causas das últimas quebras.
Aí podem tomar a decisão.
Também podem 'ler' o que tem o motor. Com simples análise de óleo, sabem determinar se há contaminantes metálicos, em níveis acima do esperado.
Agora, minha opinião, é que devem trocar. Depois em Monza será outra história.
Uma correção: se o motor do Kimi estivesse na primeira corrida e quebrasse, ele também podia trocar sem punição, pois o abandono já foi serviu como penalidade...
Eu tb acho q não devem trocar, eles que analisem primeiro as causas das quebras e providenciem mudanças para depois de Monza.
obs: a explosão de fumaça na quebra do Raikonen foi das mais plásticas hein, bonita que só.
Como bem observou o amigo Carlos, mesmo que a corrida fosse a 1ª do motor do Kimi ele não seria punido. A quebra já foi uma "punição" suficientemente severa.
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