Segundo Domenicali, os pilotos e a equipe já haviam conversado a esse respeito desde o início do ano. Como ficou claro desde a saída de Schumacher, Jean Todt e Ross Brawn, a Ferrari alterou seu "modus operandi". Se há alguns anos a equipe era totalmente voltada a um só piloto (no caso, Schumi), hoje os dois integrantes do time recebem o mesmo tratamento até deteminado momento do campeonato. Quando a temporada se aproxima do final e se torna claro que os esforços precisam se concentrar em apenas um deles, o que está com vantagem na tabela é o escolhido.
E que fique claro: Domenicali não afirmou que a Ferrari vai trabalhar para Massa a partir da próxima etapa, em Spa. O italiano apenas cogitou a idéia e, claro, deixou Raikkonen de sobreaviso. E a notícia, aliás, é um tapa de luvas em quem duvidou que a equipe iria preterir Raikkonen apenas pelo fato de o finlandês ser o campeão do mundo. Parte da imprensa foi por esse caminho, acreditando que, por Raikkonen ser o primeiro campeão pós-Schumacher na Ferrari, a equipe passaria a tratá-lo como tratava o alemão. Talvez se Raikkonen aproveitasse a atual temporada para se impôr perante Massa isso realmente acontecesse. Mas Kimi deu ao brasileiro a chance de se reerguer depois da fraca temporada do ano passado.
Raikkonen, por fim, mostra que ganhar um título em um ano não é garantia de nada para o futuro. Num esporte tão competitivo como o automobilismo, ser o campeão ou não faz pouca diferença. De que adiantará o número #1 no bico da Ferrari de Raikkonen se Massa, o número #2, passar a ser o homem da equipe na briga pelo título?
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