segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Brasil - Memories

Coulthard triunfa sob chuva em Interlagos

Edição 2001 da prova brasileira, Interlagos.



Ontem a corrida de Coulthard terminou na 1ª volta. Foi sua despedida das pistas de F-1. Uma despedida um tanto quanto sem graça, logo no “S” do Senna. Mas o escocês já teve dias mais gloriosos em Interlagos.

Em 2001 Coulthard faturou o GP Brasil. Deu muita sorte, viu seus adversários mais fortes serem eliminados por erros, tanto pessoais como causados por terceiros. E venceu.

O GP Brasil daquele ano, como de costume, foi movimentado. Antes da largada já havia preocupação: Rubens Barrichello tem problemas com sua Ferrari na volta de alinhamento. Barrichello abandona o carro na pista e se dirige aos boxes correndo. Consegue pegar o carro reserva e sai dos boxes da Ferrari próximo do limite de tempo para que o pit lane fosse fechado.

Na hora da largada, um susto: o bicampeão Mika Hakkinen levanta os braços freneticamente, sinalizando problemas em sua McLaren. A largada, no entando, não é abortada e o finlandês fica exposto ao choque dos carros que partem do grid. Felizmente nada acontece e o Safety Car é acionado para que a McLaren de Mika seja retirado da pista.

Na relargada Juan Pablo Montoya faz sua ultrapassagem mais famosa. Retarda a freada no “S” do Senna e dá uma “chega pra lá” em Schumacher, pulando na ponta do GP Brasil.

A essa altura Coulthard, que largara em 5º, já era 3º.

Na freada seguinte Rubens Barrichello encerra sua corrida mais cedo. Sua e de Ralf Schumacher. O alemão tentava uma ultrapassagem e fazia zigue-zague na Reta Oposta. Na freada da Curva do Lago, o brasileiro acerta a traseira da Williams de Ralf em cheio. Fim de corrida para os dois.

Na briga da frente Schumacher é o 1º a ir aos boxes, deixando clara a estratégia de duas paradas. Montoya e Coulthard estão com combustível para uma parada só e torcem para que a chuva caia logo, para que eles possam trocar os pneus com segurança.

Na 39ª volta, porém, um fato pra lá de inusitado acontece. O retardatário Jos Verstappen, da Arrows, acerta a Williams de Montoya em cheio, inexplicavelmente. Fim de corrida para o colombiano, menos um no caminho de Coulthard.

Na volta 41 Coulthard realiza sua parada para reabastecimento e troca de pneus. A chuva ameaçava, mas não caía. O piloto da McLaren calça os pneus lisos e volta à pista ainda em 1º.

No 45º giro a chuva começa. Schumacher logo vem aos boxes e se equipa com pneus intermediários. Coulthard estranhamente permance na pista e perde muito tempo. Só entra nos boxes na volta seguinte e retorna em 2º. A estrela de Schumacher parecia ter brilhado novamente.

Mas, muita coisa estava para aconteceu até o fim da corrida. Debaixo da chuva paulistana, Coulthard se aproxima perigosamente de Schumacher na Reta do Boxes. A posição seria negociada na freada do “S” do Senna, mas um retardatário influencia a manobra de forma decisiva, num lance parecidíssimo com a ultrapassagem de Hakkinen sobre Schumacher em Spa no ano 2000.

Pra completar, Schumacher ainda roda na Curva do Lago e sai da pista no Laranjinha cedendo grande vantagem a Coulthard.

Coulthard vencia o GP Brasil de 2001, com Schumacher em 2º e o jovem e promissor Nick Heidfeld em 3º com a Sauber, depois de uma ultrapassagem sobre Jarno Trulli. O alemão Frentzen abandonava a corrida nas voltas finais para desepero de Eddie Jordan e para a felicidade de Peter Sauber.

4 comentários:

Anônimo disse...

massa é o melhor piloto.

Felipão disse...

um dos maiores momentos do escocês, sem dúvida...

Ron Groo disse...

Pqp, eu tomei o maior susto. Culthard triunfando é uma coisa rarissima e sem pé nem cabeça...
heheheh Me enganou heim Fábio.

Fábio Andrade disse...

Sobreofutebolcarioca: ok, se você acha...;

Felipão: um dos únicos momentos do escocês, você quis dizer, né?;

Groo: enganei o bobo, na casca do ovo (péssima essa);

Claro, meu sempre presente "muito obrigado."