Assim como no Fantástico, da Tv Globo, uma família carioca teve de se virar diante das câmeras para se adequar ao orçamento doméstico, a F-1 vai tentando se adequar à crise financeira. As novidades do dia são as medidas de um pacote que a FIA pretende adotar para tornar a F-1 menos cara, portanto, mais viável.
Depois da saída da Honda, em dezembro, e do agravamento da crise mundial, surgiram rumores de que outras montadoras como Renault e Toyota pudessem abandonar a categoria, deixando o grid esvaziado. Para tentar contornar a situação, a Federação Internacional de Automobilismo prepara grandes alterações no modo de operação das equipes.
O jornal britânico Financial Times noticiou que a FIA prepara padronizações em áreas que, teoricamente, não influem diretamente na performance dos carros: rodas, suspensão, freios e caixas de câmbio seriam fornecidos por apenas um fabricante. Com essas medidas, mais a regra que institui o uso de apenas 8 motores para toda a temporada, a federação espera reduzir os gastos de manutenção de uma equipe para algo em torno de 50 milhões de euros (para se ter uma idéia dos valores que rondaram a F-1 em 2008, a Toyota foi a equipe que mais gastou: 445 milhões de euros. O resultado prático: nenhuma vitória, motivo pelo qual se especula a saída da montadora da categoria).
Flávio Briatore, chefão da Renault, gostou das idéias da FIA: “é possível cortar 60% dos gastos até 2012” – aliviou-se. Já Ron Dennis, chefe da equipe McLaren, adotou outra ótica para analisar as propostas. Segundo Dennis, a padronização fere a história da F-1, sempre pautada pela existência de equipamentos diferentes entre as equipes: "a F-1 não pode ser uma categoria em que um grande número de componentes seja igual para todos."
Eis o grande desafio da F-1: se adequar à nova realidade como uma adolescente de classe média na tv.
O erro da Red Bull
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A Red Bull está numa corrida contra o tempo neste final de semana em Las
Vegas. Por uma razão forte. É que erraram na asa traseira e com a
configuração ...
Há 9 horas
4 comentários:
Concordo com o Ron Dennis,a F1 é uma categoria de vanguarda que cada um tem o seu componente. Mas ao mesmo tempo eu penso que não dá mais pra fazer da F1 um desfile de peças de alta teconolgia. Corta-se custos onde se pode.se não só sobra Ferrari e Mclaren
Se adequar sim, limitar gastos não.
Quem pula dentro do mar tem de saber até que profundidade suporta.
Se sabe nadar mesmo ou é enrolador.
Quem está na F1 tem de saber até onde pode gastar. Não é a Fia, Fota, Fuck, SPFC que vai dizer isto.
Corre-se riscos com esta manobra. Muitos riscos.
E que seja bem vinda a USF1... podia ser pra este ano já né?
Discordo em parte do Ron Dennis... Afinal, quantos motores alinhavam em um grido comum do tão falado anos 70? 2, Ford e Ferrari (o primeiro na quase totalidade dos carros).
Era possível comprar outro chassi, mas ninguém sabia qual era o melhor porque isso variava de acordo com a pista, numa época em que as pistas variavam.
Fora o fato de que há quase 15 anos todos os carros do grid seriam idênticos se for]ssem pintados de branco.
A padronização é uma alternativa. Não é a alternativa. Que isso fique bem claro.
Marcão: a situação não é das mais fáceis. Padronize-se tudo e as equipes tradicionais armam o berreiro. Deixe do jeito que está e a coisa se torna insustentável. Situação das mais delicadas;
Groo: guardo minha desconfianças quanto a essa história de USF1. Não consigo confiar, mesmo que a confirmação saia da boca do Mosley;
Médici: por mais que fique claro que a padronização é apenas uma alternativa, dá para perceber que é para ela que a federação quer apelar, independente das outras.
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