terça-feira, 12 de maio de 2009

Um Dia das Mães, Uma Não-Vitória

Como A1-Ring saiu do calendário em 2003 para nunca mais voltar, achei que jamais tocaria no assunto "Áustria-2002" de forma profunda, específica.

Mas eis que, em um dia das mães, como aquele de 2002, Rubens Barrichello é protagonista de uma não-vitória, como aquela de 2002.



Há 7 anos uma outra situação (um time claramente hierarquizado), uma outra equipe (Ferrari), um outro companheiro (Michael Schumacher, com ares de manda-chuva), o mesmo engenheiro-estrategista: Ross Brawn.

No último domingo, porém, o script parece ter se repetido em alguns pontos: Barrichello fez uma corrida segura, rápida, veloz, mas acabou em segundo. Domingo passado não foi na última curva, na última volta, a 50 metros da linha de chegada. Mas ficou no ar uma sensação de deja vu.

Você, leitor, acha que a sensação se justifica? Brawn foi novamente acometido pela síndrome do "vamos preservar nosso piloto mais bem colocado"? Ou simplesmente os engenheiros de Jenson Button "leram" a corrida de forma mais eficiente?

Dúvidas, muitas dúvidas. Os próximos dias e o comportamento da Brawn na próximas corridas nos dirão mais.

6 comentários:

Bruno Aleixo disse...

Acho que foram duas situações diferentes. Rubens Barrichello perdeu a corrida deste domingo porque não conseguiu ser mais rápido num momento crucial. Na Áustria, em 2002, Brawn manipulou o resultado deliberadamente, de uma forma covarde e desnecessária. E Rubinho compactuou com aquela farsa, fazendo papel de palhaço no pódio.

Agora, vendo esse vídeo, fico triste por ver que a Globo valoriza tanto Galvão Bueno, sendo que tem um excelente narrador como Cléber Machado à disposição.

Diego Maulana disse...

O Button foi mais rápido, tanto de pensamento como na pista. Mas a BGP poderia ter avisado o Barrica que o Button tinha mudado a tática antes. Afinal, eles são uma equipe.

Daniel Médici disse...

É uma questão delicada, se Brawn inverteu as posições 'de propósito' ou não. Fico com Saramago: nem podemos fazer todas as perguntas, nem nos podem falar todas as respostas (O Evangelho Segundo Jesus Cristo).

Felipão disse...

Digamos que tenha sido, neste domingo, uma manipulação silenciosa, sem rádio e sem ordens. Eles tinham como fazer a mudança, sem perder nenhum dos pontos disputados. E isso ficou claro ao fim da corrida...

Loucos por F-1 disse...

Concordo com o Felipão, foi realmente uma manipulação silenciosa. É claro que a Brawn poderia ter optado por duas paradas também para Barrichello, mas não o fez assim. De qualquer forma quem venceu foi Button, na surdina.

Abraço!

Leandro Montianele

Fábio Andrade disse...

Senhores, no fundo, imagino que não faria sentido adotar preferência por determinado piloto tão cedo e num campeonato que é evidentemente favorável a Brawn.

Me pareceu acaso. Até pelo que li de domingo pra cá. O mais curioso, no fim das contas, é o fato de Rubinho perder duas corridas aparentemente ganhas no dia das mães.

Dona Idelí não dá sorte...