A FIA definiu: em 2010 o campeão será o piloto que vencer mais corridas. Ou seja, a federação ressuscitou a medida que já havia sido amplamente criticada em março, quando a FIA acenou com a proposta de implantar a medida para o campeonato desse ano.
Ainda é cedo, a regra ainda vai gerar muita discussão e até o início da temporada 2010 muita água ainda passará sob a ponte. Mas a insistência na regrinha maluca é surpreendente.
Enfim, não é preciso parar e discorrer longamente sobre tudo o que uma regra como essa representa e sobre como ela desconstrói toda a história dos campeonatos da F-1, rompendo um dos cânones da categoria, a regularidade.
Também não vou me repetir em dizer como a FIA/FOM anda desesperada para fazer da F-1 um show, uma overdose de emoção quase sempre mentirosa e artificial. Já falei disso em uma infinidade de posts e já estou enfadonhamente repetitivo.
Só não vou resistir a fazer uma crítica pequena: para comandar uma mega-evento-mundial como o campeonato de F-1 é exige-se, no mínimo, coerência. E isso anda faltando aos dois senhores que comandam o circo. Max Mosley e Bernie Ecclestone insistem em nortear a F-1 sem um plano de vôo. As medidas são tomadas e editadas sem uma séria reflexão e um debate maduro, apenas sob o calor da emoção e sob a intensa necessidade da afirmação da força política da FIA e da força econômica de Ecclestone. Os dois senhores imperam na F-1 como se fossem uma espécie de Sílvio Santos e como se a F-1 fosse um SBT. Não há planejamento, a programação é mudada a cada semana, mas o público continua fiel a programas tradicionais como o Chaves e o Chapolin.
Aliás, que personagens do circo fariam o papel de segurar o público diante de uma F-1-Baú da Felicidade? Uma equipe? Um piloto? Um sentimento? Uma fixação somente explicada por complexos estudos psicológico-freudianos?
Ainda é cedo, a regra ainda vai gerar muita discussão e até o início da temporada 2010 muita água ainda passará sob a ponte. Mas a insistência na regrinha maluca é surpreendente.
Enfim, não é preciso parar e discorrer longamente sobre tudo o que uma regra como essa representa e sobre como ela desconstrói toda a história dos campeonatos da F-1, rompendo um dos cânones da categoria, a regularidade.
Também não vou me repetir em dizer como a FIA/FOM anda desesperada para fazer da F-1 um show, uma overdose de emoção quase sempre mentirosa e artificial. Já falei disso em uma infinidade de posts e já estou enfadonhamente repetitivo.
Só não vou resistir a fazer uma crítica pequena: para comandar uma mega-evento-mundial como o campeonato de F-1 é exige-se, no mínimo, coerência. E isso anda faltando aos dois senhores que comandam o circo. Max Mosley e Bernie Ecclestone insistem em nortear a F-1 sem um plano de vôo. As medidas são tomadas e editadas sem uma séria reflexão e um debate maduro, apenas sob o calor da emoção e sob a intensa necessidade da afirmação da força política da FIA e da força econômica de Ecclestone. Os dois senhores imperam na F-1 como se fossem uma espécie de Sílvio Santos e como se a F-1 fosse um SBT. Não há planejamento, a programação é mudada a cada semana, mas o público continua fiel a programas tradicionais como o Chaves e o Chapolin.
Aliás, que personagens do circo fariam o papel de segurar o público diante de uma F-1-Baú da Felicidade? Uma equipe? Um piloto? Um sentimento? Uma fixação somente explicada por complexos estudos psicológico-freudianos?
Vai saber... Mas talvez agora o SBT possa direcionar o estudo de seus telespectadores nos utilizando como cobaias. Afinal entre nós, fãs de corridas de F-1 e os acompanhantes do canal de Sílvio Santos não há diferenças. Não ligamos para mudanças esdrúxulas na rotina do nosso objeto de adoração. Só exigimos que ele continue a existir, mesmo que totalmente desfigurado.
8 comentários:
A regra não ficará no regulamento. A Brawn esta demolindo a sensação de competitividade que ela teria. Afinal se ja estivesse valendo quem tiraria o titulo de Button?
A F1 é um SBT sim, a Mclaren é o Chaves e a Ferrari o Chapolim colorado.
Vez em quando aparece um ou outro programa que fica em evidencia, mas sempre retornam a estes dois. Aguarde e confira.
Meu palpite é que essa regra é mais uma vez um boi de piranha. Não vai passar, serve pra outros pontos do regulamento passarem com mais facilidade (como o limite do orçamento, por exemplo).
Mas também fico apreensivo. Isso quebra o pacto entre o esporte e o espectador e abre precedentes perigosos. Apenas o fato de essa regra estar sendo discutida é sinal de perigo.
Mandou muito bem na comparação entre a Fórmula 1 e o SBT, Fábio. Essa história de nova regra pode afundar a categoria. É uma decisão totalmente infeliz.
Espero que algo seja feito para que essa besteira não seja implantada na temporada 2010.
Abraço!
Leandro Montianele
Lamentável...
Fábio, imagina então UNIRMOS F1 e Senor Abravanel???
Corridas sendo editadas, sendo transmitidas de madrugada com comentário do Carlos Nascimento, corridas deixando de ser transmitidas para dar lugar ao especial de 280 anos da Hebe (muito mais importante que os 280 GPs do Rubinho), etc etc etc.
Ia ser uma piada! Mah OI!!!
Na verdade, na verdade, também acho que a coisa não foi colocada tão a sério, até por ainda estarmos muito longe de vermos a temporada 2010 dar o ar da graça. O que me parece que acontece é o que vocês levantaram: isso vai ser usado em algum momento por Mosley e Ecclestone para tirar vantagem das equipes quando as conversas em torno do teto orçamentário forem pra valer, sem falar em outras vontades que por ventura passem pela cabeça dos velhotes.
E Dan, seu comentário em particular me divertiu muito!
Silvio Santos narrando as corridas:
Agora a F1 quem vencer mais...
Auditório: LEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEVAAAAAAAAAAAAA
hehehhe
claro que posso te ajudar com o layout, só precisa me dizer mais ou menos o que quer passar com isso aqui, e eu preciso arrumar um photoshop, alias, para o bem do meu tb...
uheuhuehehue
bjos
Postar um comentário