Com uma postura lúcida esse garoto vai conquistando mais e mais fãs.
Modestia faz bem
E Kubica não foi o único que analisou friamente a situação depois do GP França. Felipe Massa, o vencedor da prova e novo líder do campeonato, deu um banho de água fria em quem já se animava em proclamá-lo o novo Senna: disse que era apenas "pequenininho" perto de Ayrton e dos outros campeões tupiniquins (Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet).
Aliás, Massa parece não criar sob sí a obrigação de ser o novo Senna (uma cobrança infantil de uma torcida cruel, que morre de amores quando enxerga êxito e cai de pau ao menor deslize). Essa cobrança talvez tenha sido o maior motivo para o insucesso de Rubens Barrichello. Barrica vestiu a fantasia que lhe ofereceram e o resultado está aí: ridicularizado por 9 entre 10 brasileiros, Barrichello amarga a passagem apagada por uma equipe nada competitiva. Massa, ao contrário, parece lidar bem com a traiçoeira torcida brasileira.
E Felipe, aliás, deve tomar cuidado com a fome global por um novo ídolo automobilístico. Na edição de segunda-feira, o Globo Esporte já esparramou Tema da Vitória pra todo lado e festejou "o primeiro brasileiro a liderar o mundial desde Senna". Alguém tem que lembrar ao Tino Marcos que o campeonato ainda não chegou nem a metade e que manter o ritmo de agora até Interlagos, última prova do ano, é o mais difícil. Deixem as matérias regadas a Tema da Vitória e lágrimas para quando o menino (se Deus quiser) for campeão.
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