É difícil encontrar outro paralelo no futebol. O São Paulo vence campeonatos com uma facilidade que nos remete a um outro esporte e a uma outra equipe: a Ferrari que arrasou o quarteirão dessa década com Schumacher, Cabem aqui também a McLaren de fins dos anos 80 e a Williams de 92/93, equipes que reinaram absoultas em suas respectivas épocas. Nenhuma delas, porém com a longeividade e com a existência de um ídolo personalista como Michael Schumacher, que foi o imperador de todos os títulos. O Schumacher da Ferrari é representado no São Paulo por Muricy Ramalho, o técnico do único hexacampeão brasileiro. Ramalho é o comandante da barca infalível do Morumbi, tal como o Schumi foi na equipe italiana.
Vencer um campeonato da magnitude do Brasileirão por três vezes seguidas, além de ser inédito, é indício de uma preperação milimétrica. O São Paulo, com sua rígida estrutura financeira, consegue manter suas contas sadias e assim tem caixa para contratações de certa relevância. Claro, não é nada que se compare aos gigantes europeus, mas é o suficiente para manter uma equipe forte e com jogadores que fazem a diferença. Também salta aos olhos a valorização da chamada prata da casa, os jogadores formados nas bases do time paulistano. Quando não são aproveitados no próprio São Paulo, são negociados de forma rentável pelo clube. O que de uma vez por todas explica o sucesso do São Paulo, porém, não são as finanças nem as pratas da casa. Esses fatores complementam o real motivo dos seguidos êxitos do time do Morumbi. O esquema tático do comandante Muricy Ramalho é vencedor. Contando com jogadores que atuam em várias áres durante o jogo (caracterísitca a qual deram o nome de polivalente) e uma defesa bem estruturada, o São Paulo afirmou-se como um time de peso.
Esse esquema começou a dar sinais claros de sucesso em 2005, com a conquista da Taça Libertadores da América. De lá pra cá vieram um Mundial de Clubes (2005), um Campeonato Paulista (2005) e três Campeonatos Brasileiros (2006; 2007; 2008). Uma folha corrida com tantos êxitos é pra Schumacher nenhum botar defeito.
Foram 5 cinco anos de números absurdos alcançados pelo alemão e pouca emoção. Schumacher, apesar do incontestável talento, é um campeão sem ultrapassagens. A superioridade de seu equipamento era tão flagrante que Schumi proporcinou poucas ultrapassagens tensas durante seus anos de glória. Na mesma razão está o São Paulo. Apesar do sucesso e da qualidade de seu elenco, o tricolor paulista não nos apresentou um ídolo supremo. O São Paulo se consagrou fazendo uso da coletividade, marca desse futebol moderno. É o fim definitivo da existência de ídolos máximos como um Rivelino. Esses tempos morreram.
O curioso disso tudo é que apesar de citar dois pilotos consagrados na Ferrari, o texto não toca no único deles que é são-paulino: Felipe Massa ainda não produziu uma história parecida com a de seu time.
7 comentários:
Fazer o que né. Parabéns ao São Paulo pelo Hexa e pelo Tri seguido. Meu Palestra negou fogo no final.
O São Paulo é um retrato fiel de uma administração enxuta, com sustentabilidade...
Um exemplo...
Tá linkado ;)
Não vejo paralelo entre Michael e os tricolores.
Schumacher era genial e destruia seu 'adversários' enquanto o São Paulo não tem de fazer força. Os "adversários" vão se destruindo sozinhos. Vide Flamengo e Palmeiras, e coitado do Grêmio, conseguiu perder um campeonato em que estava onze pontos à frente...
Futebol anda muito, muito chato. E isto porque sou santista....
Mas ainda assim o texto tá muito bom.
é concordo com o groo,embora o paralelo que vc traçou foi mto interessante.O São paulo simplesmente fez sua parte enquanto os outros deixavam de fazer.Schumacher vencia mesmo quando todos faziam a sua parte.
é 6-3-3 ...... HEXA
o São Paulo vive um momento incrível e histórico.... sensacional !!!!!!
VALEU TRICOLORRRRRRRRRR !!!!!!
Diego: boto fé. Eu mesmo tava torcendo pelo Palmeiras até o meio do campeonato, já que meu Flu não fez nada esse ano ;(;
Felipão: com ctza. Se os outros clubes tivessem essa noção muita coisa seria diferente no nosso futebol;
Médici: muito obrigdo pela moral!!;
Groo/Marcão: compreendo perfeitamente seu ponto de vista. Também acho que o São Paulo venceu mais pelos escorregões alheios do que por mérito próprio. Mas faz parte do jogo. Há uma vitória do Schumacher em Barcelona-2001 que exemplifica isso com clareza: o Hakkinen tinha mais de 30s de vantagem e quebrou na última volta.
É o inponderável!;
Net: tá esnobando né... Quem pode, pode...
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